O Benfica somou a sua quinta vitória consecutiva na liga portuguesa e também sem sofrer golos. É certo que o Benfica não tem feito exibições deslumbrantes, mas tem feito exibições suficientes para ganhar os jogos. Um dos grandes males do Benfica desta época tem sido o enorme desperdício de oportunidades.
O Benfica venceu por duas bolas a zero o Paços de Ferreira, com um golo em cada parte. A vitória foi totalmente merecida, mas o Paços ainda criou algumas dificuldades, principalmente na segunda parte, mas acredito que este jogo entre dois clubes amigos estava preparado para o Benfica vencer sem grandes problemas e foi isso o que aconteceu... O Paços de Ferreira é um dos poucos, se não mesmo o único clube amigo/aliado do Benfica nesta liga. O Benfica emprestou ao Paços de Ferreira dois jovens jogadores (David Simão e Nelson Oliveira), sendo que o treinador do Paços é um treinador que ainda à poucos anos treinou os júniores do Benfica e o ano passado esteve no Fátima (clube que é praticamente um satélite do Benfica, este ano estão 8 jogadores emprestados pelo Benfica no seu plantel), onde contou com alguns jogadores do Benfica emprestados. Desta forma, com tanta amizade, de estranhar seria se o Benfica não ganhasse.
O primeiro golo do Benfica nasceu de uma obra de arte do Aimar, que pegou na bola antes do meio-campo, foi por ali fora, simplesmente fazendo simulações e desviando-se dos adversários e rematou de fora da área, fora do alcance do guarda-redes. Foi uma grande jogada e um grande golo. O Benfica teve mais alguns ataques perigosos mas não conseguiu marcar, nomeadamente um lance em que o Saviola esteve isolado e não conseguiu marcar. Este Saviola tem falhado muito nesta época, no entanto ainda mandou uma bola à barra. O Paços também teve algumas oportunidades, no entanto o guarda-redes Roberto conseguiu sempre defender com segurança. Nesta primeira parte o Paços teve também um lance duvidoso na área do Benfica, no entanto não me parece que exista qualquer falta do jogador encarnado.
Na segunda parte o Paços teve mais bola, teve mais remates e mais cantos, mas não chegou para conseguir marcar, pois o redes do Benfica esteve sempre seguro. O Benfica marcou depois o segundo através de uma grande penalidade convertida por Kardec (estreia a marcar na liga) na sequência de uma entrada faltosa sobre Coentrão. Penalidade clara sobre o jogador encarnado, o jogador pacense derruba o adversário e só depois joga a bola, portanto bem assinalado o penalti. Coentrão não parece estar no seu melhor fulgor físico na actualidade, mas mesmo assim consegue ser sempre dos melhores do Benfica, tanto quando joga a lateral como a extremo. estas trocas de posição constantes não favorecem minimamente o jogador, pois desta forma ele não se consegue adaptar totalmente à posição, sendo o César Peixoto um jogador que apenas serve para jogar jogos com grau de dificuldade reduzido, com Fábio faria a ser um jogador que pelo que parece não conta, e os argentinos Gaitán e Sálvio ainda a não demonstrarem verdadeiramente valor para jogarem a alto nível no Benfica, parece que o Benfica precisa de contratar mais um jogador para a esquerda, seja ele defesa ou médio, caso contrário a equipa andará sempre desequilibrada e nunca irá haver uma boa coordenação no lado esquerdo do Benfica. Portanto o Benfica, se decidir contratar alguém para a esquerda deve contratar alguém que seja europeu ou que esteja perfeitamente adaptado ao futebol europeu, para que o reforço seja efectivamente reforço.
O Benfica meteu a bola dentro da baliza do Paços mais duas vezes, ambas por Kardec, mas nas duas foi assinalado fora-de-jogo, na segunda não há dúvidas, pois o Maxi está realmente adiantado, agora na primeira as repetições deixam muitas dúvidas, sendo que se estiver é, como diz o Vítor Pereira "milimetricamente". Destaque ainda para a expulsão de Baiano, que levou dois amarelos em poucos minutos, quando o Benfica já vencia por dois a zero, em duas faltas duras sobre o Coentrão. A arbitragem teve alguns erros, mas sem qualquer influência no resultado final. Outro dos pontos de interesse deste jogo consistia em verificar se algum dos quatro jogadores que o Benfica tinha em risco de exclusão para o próximo jogo veriam ou não amarelo e assim não defrontariam o Porto na próxima jornada. Nenhum deles viu amarelo, o Carlos Martins nem sequer convocado foi, os outros não fizeram qualquer falta, sendo que quando estava dois a zero o Jorge Jesus deu algum descanso a Javi Garcia e a Luisão para evitar possíveis riscos. Desta forma o Benfica irá ao dragão apenas com Rubén Amorim e Cardozo indisponíveis. É mau , mas poderia ser bem pior para o Benfica. O Benfica este ano teve sorte no adversário que lhe calhou antes dos jogos com o Porto, pois caso fosse outra determinada equipa aqueles jogadores teriam visto cartões. Quem não se lembra do ano passado em que antes de receber o Porto o Benfica foi a Olhão e foi o que se viu...
O treinador Rui Vitória esteve muito bem na gestão dos jogadores emprestados pelo Benfica, deixando ambos no Banco para que não existissem casos, colocando-os apenas em campo na segunda parte, primeiro o Nelson Oliveira e depois o David Simão, aos 67 e 77 minutos respectivamente.
Terça feira o Benfica recebe o Lyon num jogo decisivo para o futuro do Benfica na competição, em que só a vitória interessa, mas não vai ser fácil, pois o adversário impõe respeito. Uma boa noticia para o Benfica é a lesão do Lisandro, mas o Lyon tem outros bons jogadores, como por exemplo o Gomis. E no domingo temos o grande jogo desta primeira volta em que o Benfica vai ao dragão e não pode perder, pois se perder fica completamente arredado do título. Vai ser uma semana animada...
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